sábado, janeiro 27, 2007

she's lost control

Confusion in her eyes that says it all, she's lost control
And she's clinging to the nearest passer by, she's lost control
And she gave away the secrets of her past and said I've lost control again
And of a voice that told her when and where to act
She said I've lost control again

And she turned to me and took me by the hand and said
I've lost control again
And how I'll never know just why or understand she said
I've lost control again

And she screamed out, kicking on her side and said
I've lost control again
And seized up on the floor, I thought she'd die
She said I've lost control
She's lost control again, she's lost control

Well I had to phone her friend to state her case and say
she's lost control again
And she showed up all the errors and mistakes and said
I've lost control again

But she expressed herself in many different ways until
she lost control again
And walked upon the edge of no escape and laughed I've lost control

She's lost control again, she's lost control

I could live a little better with the myths and the lies
When the darkness broke in, I just broke down and cried

I could live a little in a wider line

When the change is gone, when the urge is gone

To lose control

When here we come
">


artist: joy division

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Sombras

Duas sombras no grosso areal da praia registadas numa fotografia de tantos pixeis como os grãos de areia que sustêm os vultos marcados pelo sol. Não deixam de ser duas manchas deixadas no esquecimento, em aluviões milenários, com eras de existência e com a carga de muitas outras sombras que deixaram tal como nós, impressa, o marco da evolução.
Misteriosas, as nossas sombras revisitadas uma e outra vez...entre aquele momento e o presente, curiosa é a sensação que fica na certeza da mudança e do adeus a outros tempos...a impersonificação do nosso corpo, dá-me aso para imaginar o que a memória já não me permite lembrar...dois rostos felizes, ou indiferentes à ideia que traduziu em segundos esta impressão ocular? que palavras trocávamos neste momento...valeriam a pena recordar?...ou ficaram-se pelo silêncio?!...
É este o problema das sombras que ficam registadas a negro, sem expressão, som ou movimento...e que criam A Dúvida, A Reflexão e A Hipótese...é este o mal das sombras que criam ilusões do seu paradeiro...Pergunto-me se ficaram perdidas nesse grosso areal...ou se já foram levadas pelo mar...
Fica na sombra TUDO o que resta na alma e no hoje...e que é diferente do ontem...e talvez não existirá mais amanhã...
E hoje é o primeiro dia do resto da tua vida....Parabéns!!!!
Fotografia de: Telma Barbosa

sábado, janeiro 20, 2007

You vibrate in my skin


" A sua mesma estreiteza, através da qual a clareza se exprime, me conforta não sei de quê. Colho neles uma impressão alacre de vida longa, que contempla amplos espaços sem os percorrer. Os mesmos deuses pagãos repousam do mistério."
Fernando Pessoa

Artist: Cinematic Orchestra
Song: Man with the movie camera

quinta-feira, janeiro 18, 2007

"Manifesto Pró - Pacheco Pereira"

" Amaldiçoado seja o palerma que anda entretido a piratear o Abrupto – ou, se a maleita do blogue é devida a erro informático, maldito seja então esse amontoado defeituoso de zeros e uns. Que arda no Inferno a besta – humana ou cibernética – que ofereceu ao Pacheco Pereira a sua última glória: o martírio. Alguém quer calar o Pacheco Pereira. Porquê? Ninguém sabe. O Pacheco Pereira incomoda. Quem? Ninguém diz. Mas o bravo Pacheco Pereira persistiu, agarrado ao leme do blogue, e depois de tremer três vezes escreveu este post veemente. Veementemente escrito a negrito, para percebermos que o autor vocifera, e sublinhado a amarelo veementemente, para percebermos que o autor investe. Sobre quem? Ninguém percebe. Mas o leitor que não esteja preparado para tanta veemência em tão poucas linhas não deixará de se comover. Trata-se de um pequeno mas lancinante grito de insurreição em que a preposição “desde” (a mais insurrecta das preposições) é protagonista. “Desde o momento em que não sei quê”, principia Pacheco Pereira. Mas “desde o início da tarde que não sei que mais”, prossegue depois. Pelo meio recebeu mensagens de conforto, o que aproveita para agradecer “desde já”. No fim, a promessa que nenhum homem decente conseguirá ler sem que os olhos se lhe encham de água: “podem ter a certeza de que aconteça o que acontecer o Abrupto continuará. Não será por esta via que acabam com ele.” “Acabam”, diz ali. O sujeito permanece indeterminado, mas agora temos um plural. Eles. Ah, perniciosa matilha. Quem serão? Os comunistas, os socialistas, os próprios sociais-democratas? Os jornalistas, os informáticos, os benfiquistas? Os bombeiros, os travestis, os profissionais do sector dos lacticínios? Ninguém arrisca um palpite. E, de facto, que se saiba, o blog prossegue como dantes, de modo que não chegamos a perceber se é a mordaça que é reles e barata ou se é a boca do censurado que de modo nenhum se deixa amordaçar, tão forte é a verdade das suas palavras. Também pouco importa, que o mal está feito. Apetece sair para a rua e escrever nas paredes “Ninguém há-de calar a voz do Pacheco Pereira”. Perder o acesso ao Abrupto seria, para nós, pecadores do século XXI, perder o contacto com a santidade. Porque o Pacheco Pereira é uma espécie de Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, mas de âmbito mais alargado: observa todos os males do Mundo. E, assim como não há toxicodependentes no Observatório Europeu, também não há mal do Mundo que toque, sequer de raspão, em Pacheco Pereira. Há males nos blogues – mas não no de Pacheco Pereira. Há males na política – mas não na que Pacheco Pereira faz. Há males nos jornais – mas não nas páginas em que Pacheco Pereira escreve. Muito santo tem um homem de ser para passar impoluto num mundo tão indecente. E, no entanto, abre-se o blog do Pacheco Pereira e fica-se com o computador a cheirar a éter. O Pacheco Pereira é um desses semideuses de que fala o Álvaro de Campos no “Poema em Linha Recta”. Nunca levou porrada, nunca foi ridículo, nunca fez vergonhas financeiras. O Pacheco Pereira não se espanta, não se aleija, não tropeça, não duvida, não hesita, não ri. O Pacheco Pereira não faz um gesto que não o enobreça, não tem um prazer que não o edifique, não cede a um vício que não seja, vendo bem, uma virtude.O Pacheco Pereira nunca escreve com as mãos sujas.O Pacheco Pereira é um homem carregado de sentido.Eu gostaria de adquirir uma viatura em segunda mão ao Pacheco Pereira.O Pacheco Pereira cheira magnificamente da boca.O Pacheco Pereira nu é belíssimo.O Pacheco Pereira é de tal forma superlativo que já merecia ser elogiado no Abrupto pelo Pacheco Pereira.O Pacheco Pereira publica opiniões de leitores: uns gostam imenso do que o Pacheco Pereira escreve; outros gostam ainda um pouco mais.O Pacheco Pereira propõe discussões que normalmente envolvem a elaboração de listas. E os leitores discutem e elaboram.De manhã, à hora a que a generalidade dos homens está a fazer a barba, o Pacheco Pereira está a pendurar poemas no blogue. E pendura-os com a mesma burocracia nos gestos com que os outros homens fazem a barba. Os homens não fazem comentários à barba e o Pacheco Pereira também não comenta os poemas. Os homens não se emocionam com a cara escanhoada e o Pacheco Pereira também não se emociona com os versos. Deus livre o Pacheco Pereira de ser tomado por uma das emoções humanas. O Pacheco Pereira exibe poemas como aqueles senhores, na rua, exibem os genitais. Abre a gabardina e mostra um soneto. Baixa as calças e revela uma ode.Os poemas são escolhidos pelo Pacheco Pereira, mas há quem diga que podiam ser escolhidos por uma máquina, sem diferenças no resultado final. Sinceramente, duvido. Não creio que a máquina conseguisse escolhê-los tão automaticamente."


A leitura deste post foi tão deliciosa...soltei tantas gargalhadas que não fui capaz de não partilhar isto convosco...Boa leitura!!!

Autoria: RAP em www.gatofedorento.blogspot.com

segunda-feira, janeiro 15, 2007

The speech of angels





"Without Music Life would be a mistake"
Friedrich Nietzsche

"Music was invented to confirm human loneliness"
Lawrence Durrell

"Music is the shorthand of emotion"
Leo Tolstoy

"Music expresses that which cannot be said
on which it is impossible to be silent"
Victor Hugo

"Music it´s a moral law. It gives soul to the universe, wings to the mind,
flight to the imagination and charm and quiety to life and to everything"

Platão

"...a painter paints pictures on canvas,
but musicans paint their pictures on silence"

Leopold S.

"...see deep enough and you see musicaly;
the heart of nature being everywhere music"

Thomas Carlyle

"...music can be the un-nameable and
communicate the unknowable"
Leonard Bernstein

"In the end i think of music
as saving grace for all humanity"

Henry Miller

"Music is well said to be the speech of angels;
in fact, nothing among the utterances allowed
to men is felt to be so divine.
It brings us near to the infinite."
Thomas Carlyle
Música: Svefn G-Englar
Artista: Sigúr Ros

domingo, janeiro 14, 2007

Um passo em frente


Alma: Acho que está a chegar o momento...
Corpo: Se conseguires...O que é que fica para trás?
Alma: Uma pégada...
Corpo: E és capaz de a deixar?
Alma: Não sei...não penso muito nisso agora...Vens?
Corpo: Agora sim! Estás preparado?

1...2...3...JÁ!!!

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Espero por ti esta noite...



...acordo e apercebo-me tardiamente que tudo não passou de um sonho...

Constantes se tornam as noites em que me perco nos sonhos...pedaço de realidade momentânea que me enche de prazer, deleita-me em vontades e desejos.
Quem te traz até mim? se não passas de uma dose inconsciente de fricção, loucura e amor...
Que pensas ser? quando me abandonas no fim...quando me encontras já dentro de ti, no meu rubro a latejar corações...
És o sonho que ainda sinto nos meus braços, no espaço dos meus olhos...ainda ouço o que me dizes Sonho, entre sorrisos soltos que largamos juntos...
Que medo te persegue Sonho? Porque foges na minha vez de te fazer sonhar? ...de poderes viver e acordar comigo, de não me encontrares sempre fragilizada pelo cansaço, de não teres de esperar pela noite para me encontrares!
Quando te procuro ainda exausta, mas no controlo de mim, só encontro a eterna sensação de que não se pode voltar atrás...de saber que te perdi nos primeiros raios de luz desta manhã...

Somersault

You're the prince to my ballerina
You feed other people's parking meters
You encourage the eating of ice cream
You would somersault in sand with me
You talk to loners, you ask how's your week
You give love to all and give love to me
You're obsessed with hiding the sticks and stones
When I feel the unknownYou feel like home, you feel like home
You put my feet back on the ground
Did you know you brought me around
You were sweet and you were sound
You saved me...
You're the warmth in my summer breeze
You're the ivory to my ebony keys
You would share your last belly bean
You would somersault in sand with me
You put my feet back on the ground
Did you know you brought me around
You were sweet and you were sound
You saved me
You put my feet back on the ground
Did you know you brought me around
You were sweet and you were sound
See I had shrunk yet still you wore me around
And 'round and 'round

letra: Somersault - Zero7
álbum: When it falls
imagem: Zero7