segunda-feira, setembro 25, 2006

TOOL - uma simbiose de música e arte







Tool é uma banda Californiana de rock progressivo e art-rock, fundada em 1990 em Los Angeles. A ênfase artística presente nas suas letras e, as composições de cariz tão denso e original acompanham os trabalhos do baixo e as distorções de guitarra, marcas da banda.

A sua história...

... começa quando, Maynard James Keenan (aluno do curso de Art e Design) conhece Adam Jones (técnico em efeitos especiais)- para além de terem em comum a fascinação por arte contemporânea, acabaram por aliá-la à música dando origem a uma simbiose que tão virtuosamente os caracteriza; começam a utilizar o estúdio pessoal de Danny Carey, vizinho e amigo (apresentado a Adam por Tom Morello - guitarrista dos R.A.T.M.), para compor e ensaiar com dezenas de músicos que foram passando mas nunca retornaram. Por isso mesmo, e por indicação de Morello, Danny acaba por se oferecer para tocar bateria com maynard e Adam.
Na mesma época, Paul D'Amour tinha-se mudado para Los Angeles para trabalhar no meio cinematográfico (efeitos especiais), já quase desistindo do sonho de ser músico, quando Adam o convida para tocar guitarra (O mau humor de D'Amour irá influenciar decisivamente na sonoridade das músicas).
Escolhem ser simplesmente "TOOL", pelo facto de quererem que a sua música fosse uma "ferramenta" à compreensão da lacrimologia - a ciência do choro; utilizando-a como terapia da dor física e emocional; ao mesmo tempo que utlizavam nas suas composições temas críticos à religiosidade, à sociedade estadunidense e à sexualidade.

Com uma sonoridade alternativa e excêntrica, TOOL acaba por ser uma banda polémica, e com clipes que rapidamente atingem o status de curtas metragens, tal era a sua duração...Em pouco tempo abrem shows da bandas como R.A.T.M. e Fishbone, como também gravam demos (Cols&Ugly, hush, Part of me, Jerk-off), para 4 canais, acabando por constituir o que seria o seu 1º EP - OPIATE, em 1992.
Confundido com trash metal, o censurado álbum OPIATE é substituído por uma nova versão, UNDERTOW, um álbum cru mas mais melódico que o 1º.
Em 1993, TOOL conquista o festival Lollapolooza depois do sucesso ao público dos vídeos de Sober, que conquistou a categoria de "Melhor Artista do Ano" e "Melhor Clip de hard Rock/Metal" na MTV, e Prision Sex.

MTV, Satanismo e especulações

Surgem especulações de que a banda era adepta do satanismo, o que só não fez aumentar a sua popularidade como também satisfez os seus desejos em perturbar e excitar o público com a sua música.
É lançado em 1996 o 1º EP - AENIMA, marcado pela saída de Paul D'Amour e pela censura da MTV face ao clip do 1º single Stinkfist, alegando que o título da música era ofensivo...AENIMA acaba por ser um álbum cheio de mensagens subliminares, e o design da capa destaca-se pelas holografias estranhas e soturnas, pormenores que valeram-lhes um Grammy nesse ano.
Aos TOOL adiciona-se cada vez mais a excentricidade da performance de Maynard, que começa a apresentar-se em shows totalmente careca ou com o corpo completamente pintado, ou até vestido de mulher; no entanto esta excentricidade coloca-os num patamar cada vez mais respeitado e galardoado pela sua criatividade- um Grammy de "melhor performance de Metal" em 1997.
Em 1998, devido a batalhas judiciais entre a banda e a editora durante quase um ano, os elementos começam a envolver-se noutros projectos dos quais se destacam "A Perfect Circle" formado por Maynard, Billy Howerdel (técnico de som das sessões AENIMA), Troy Van Leeuwen, Paz Lenchantin e Josh Freese, que começam a actuar em shows de beneficiência e a abrir a tornée de Nine Inch Nails, em 2000.
Depois das batalhas judiciais, ambas as partes chegam a acordo, renovando o contrato por mais "3 álbuns". Os TOOL voltam novamente às actividades e lançam, em 2000, a box SALIVAL, um DVD com os 5 clips da banda e 1 cd com faixas ao vivo e raridades, para acabar com os boatos de que a banda havia terminado.
Após 6 anos desde o lançamento de AENIMA, LATERALUS é lançado. O grande apelo do álbum é o clip futurista de Schism, dando mostras de uma banda revigorada, com mais técnica e audácia nos riffs, em resultado temos um álbum intenso, em que a terapia de dor física e emocional é aqui melhor trabalhada que noutro álbum qualquer anteriormente editado.O Hinduísmo, a filosofia musical são as influências mais relevantes e que na minha opinião torna-o na composição mais genial...e as faixas "Schism", "The Grudge" como também "Ticks and Leeches" acabam por soar em todas as vozes dos traunsentes que assistam a um concerto-espetáculo dos TOOL.
Surge então este ano o tão esperado álbum "10000 Days" trazendo não só algumas características de "LATERALUS", como também um som mais alternativo conotado ainda mais de uma tendência progressiva. Fica em aberto a discussão acérrima entre os inúmeros fãs numa conclusão quanto ao melhor álbum, no entanto não nos podemos esquecer que estes detêm em si uma linha musical muito definida e que cada álbum será não mais que um refinamento e definição cada vez mais vincado da verdadeira terapia de sentir todos os sentidos em estado puro...

Fica a sugestão para quem deseja experienciar um estado superior e uníssono musico-emocional:

Concerto 5 de Novembro no Pavilhão Atlântico
Início do espetáculo: 20:30
Plateia em pé: 30 euros
Balcão 1: 35 euros
Balcão 2: 25 euros
Postos de Venda |Lojas Tmn da Av. República, Chiado e Picoas, Fnac, CTT, Pav. Atlântico, El Corte Inglés, Agências ABEP e Alvalade, e Ticketline (Reservas: +351 707234234 e ticketline.sapo.pt).

quarta-feira, setembro 13, 2006

o berço

Embalas calmamente um eu qualquer, adormecido, como se não te quisesses fazer anunciar...embalas e adormeces enquanto um qualquer eu sonha e vai-se habituando a sonhar. E vais embalando e dando movimento ao meu corpo e convences-me que é um eu qualquer que quer caminhar, e não paras de rodopiar a minha mente como se fosse um eu qualquer que quisesse pensar. E estão nos teus inúmeros braços a força que me abraça e me resguarda de todos os medos que esse eu qualquer pensa ser capaz de encarar, e no entanto, fazes o meu coração latejar ora com mais vigor ora mais devagar mas só a esse eu qualquer cabe a vontade de um dia... querer acordar.