sexta-feira, abril 16, 2010
quinta-feira, dezembro 10, 2009
quinta-feira, junho 25, 2009
o banqueiro anarquista - fernando pessoa

O Banqueiro Anarquista Fernando Pessoa
Lançamento edium editores
Setembro 2007
Entre o monólogo e o relato, este conto foi publicado no primeiro número da Revista Contemporânea (Maio 1922) e discorre sobre a ironia do ideário anarquista. Desenvolve-se em torno dos relatos do protagonista – um banqueiro, especulador e usurário – a um seu amigo, onde ele explica os seus inícios em organizações políticas, critica os seus antigos correligionários por não passarem além da teoria e exerce um particular anarquismo assente em sofismas e argumentos, dispostos de uma maneira inteligente mas ardilosa. Agudo, irónico e incisivo Pessoa, num estilo a que ele próprio se refere como “sátiro-dialéctico”, muito próximo de do absurdo, propõe-nos um exercício retórico: Como um banqueiro é anarquista, e como um anarquista acaba por ser banqueiro sem se atraiçoar?
Fonte: Edium Editores
Fonte: Edium Editores
segunda-feira, maio 04, 2009
Menina da Ria

De lá do outro lado da poça
Numa aparição transatlântica
Me encheu de elegante alegria
(Ai, Portygal, ovos moles, Aveiro)
Menina da Ria
Menina da Ria
Menina da Ria
E uma preta
(Parece que eu estou na Bahia)
Tão Linda quanto ela, dizia
No seu português lusitano:
“Pode o Caetano tirar uma foto?”
Menina da Ria
Menina da Ria
Menina da Ria
Arte Nova, um prédio art-nouveau numa margem
Em frente à marina-miragem:
Os barcos na Ria. E depois
Uma taça sobre o pubis glabro, um estudo
Nenhum descalabro se tudo
É sexo sem sexo em nós dois
Menina da Ria
Menina da Ria
Menina da Ria
sexta-feira, maio 01, 2009
Enquanto há força!
Enquanto há força
No braço que vinga
Que venham ventos
Virar-nos as quilhas
Seremos muitos
Cantai rapazes
Dançai raparigas
E vós altivas
Cantai também
Levanta o braço
Faz dele uma barra
Que venha a brisa
Lavar-nos a cara
Seremos muitos
Seremos alguém
Cantai rapazes
Dançai raparigas
E vós altivas
Cantai também
by: Zeca Afonso
No braço que vinga
Que venham ventos
Virar-nos as quilhas
Seremos muitos
Cantai rapazes
Dançai raparigas
E vós altivas
Cantai também
Levanta o braço
Faz dele uma barra
Que venha a brisa
Lavar-nos a cara
Seremos muitos
Seremos alguém
Cantai rapazes
Dançai raparigas
E vós altivas
Cantai também
by: Zeca Afonso